Influência das Termas romanas no Praia Clube de Uberlândia


       O clube uberlandense “Praia Clube” tem uma moderna infra-estrutura para atividades esportivas, culturais e de lazer. Está localizado às margens do Rio Uberabinha e ocupa uma área aproximada de 301 mil m². Nele, encontramos algumas influências arquitetônicas da arte romana e comportamentais da Roma Antiga.
Na Roma Antiga, em pleno século II a.C., foram criados estabelecimentos grandiosos*, chamados “Termas”, que concentravam tudo o que a vida social exigia, e de graça. Nesses locais, era possível fazer compras, ginástica e trilhas, alugar livros, ver obras de arte, comer, tomar banhos quentes e até contratar prostitutas.
Porém, devido ao crescente número de escândalos de prostituição e promiscuidade que surgiram, entre os anos 117 e 138, o imperador Adriano emitiu um decreto que separou os banhos, reservando horas diferentes para homens e mulheres. Semelhante a alguns estabelecimentos atuais, como por exemplo, as saunas.
Associados aos banhos quentes e às atividades, esportivas e recreativas, que os romanos podiam realizar nas termas, o clube dispõe de várias instalações, dentre elas:
  • Um complexo de três piscinas aquecidas, sendo uma delas semi-olímpica, utilizado pelos seus associados para fins recreativos e prática de atividades físicas - as termas romanas eram constituídas por várias salas, por isso esse complexo pode ser considerado um Caldarium, onde eram realizados os banhos de água quente. A estrutura do local, inaugurada em 1997, tem base de concreto, paredes de tijolos, cobertura de estrutura metálica e teto de policarbonato. As piscinas são basicamente de estrutura de aço e concreto armado, com revestimento de azulejo.
  • E o ginásio Adalberto Testa, ou simplesmente “G1”, inaugurado em 1962, que está em uma área total de 4.926 m² capacitada a acomodar até seis mil pessoas em pé ou duas mil sentadas, onde estão instaladas sete quadras de peteca, sala para empréstimo de materiais esportivos, lanchonete, bares, churrascaria, camarins, camarotes, vestiários e um amplo palco para shows. O ginásio ainda conta com uma abóboda, outra influência romana, acima das quadras. Além da beleza, essa estrutura dá uma maior sensação de espaço (função prática) para a construção. Também é feito de base de concreto, paredes de tijolo, cobertura de estrutura metálica, mas teto de alumínio. O piso é de concreto alisado e pintado.
            No clube também há vestiários, piscinas de água fria e saunas que, nas termas, recebem os nomes de apodyterium, palaestra frigidarium, e sudatorium, respectivamente.
Com o fim do império romano e a ascensão do cristianismo, as casas de banho entraram em decadência. A cultura do banho romano desapareceu lentamente e as termas viraram elemento de domínio aristocrático nos séculos VIII e IX.
*As termas de Dioclécio chegaram a acolher até 3 mil banhistas e tinham 13 hectares,  e as de Caracala, que hoje são ruínas bem conservadas, tiveram mais de 11 hectares. Os mesmos eram bastante frequentados por serem enormes e pelo fato de na maioria das casas romanas não haver água encanada nem mesmo sistema de esgoto.

Grupo: Júlia Andrade e Isabela Carneiro

0 Response to "Influência das Termas romanas no Praia Clube de Uberlândia"

Postar um comentário